quinta-feira, 31 de outubro de 2024

O desenvolvimento de uma pintura para o hospital Santo Antônio, o HSA

                                      Release: 

O DESENVOLVIMENTO DE UMA PINTURA PARA O HOSPITAL SANTO ANTÔNIO, O HSA.
      
                                                                  

                               Autor: Cesar Otacílio,  artista plástico.

 Artigo 01)  

 PAGANDO UMA DÍVIDA AO HSA.

  Neste ano, 2024, depois de mais uma cirurgia submetida no Hospital Santo Antônio, o HSA, a segunda nessa casa de saúde, procurei a administração para oferecer uma obra com a minha assinatura ao acervo desse hospital. Seria uma forma de agradecimento aos inúmeros atendimentos médicos recebidos através dos anos. Na minha forma de pensar, com atendimentos desde problema estomacal, acidente de moto, tendão de aquiles rompido no futebol, hérnia inguinal, entre outros, além de diversos atendimentos também à minha família, sentia possuir uma dívida moral com o HSA.  Em 1994, a minha filha nasceu no HSA.  Em 2021, minha mãe passou por uma cirurgia de risco e, tudo correu bem. Por isso, na condição de pintor, o desenvolvendo de uma pintura é a maneira mais honesta que conheço para agradecer a atenção recebida no HSA.            

                             

                                                  Aqui, em 2024, com Tarsila, a filha nascida pelas mãos de uma médica no HSA.


  De todos os atendimentos no HSA, um bastante preocupante aconteceu comigo em 1984, quando sofri um grave acidente.

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                  No ateliê, em 1984. algumas semanas antes de sofrer um acidente e ficar internado em coma no HSA.

  Naqueles dias, uma chuva intermitente castigava Blumenau. O Rio Itajaí-Açú subia assustadoramente presságiando mais uma grande enchente na região. Eu, numa agitação natural pré-enchente, ao chegar em casa apressado, subi correndo a escada de concreto da entrada e, tropecei, cai, batendo a cabeça violetamente num degrau. Por sorte, fui conduzido as pressas, e em coma, ao HSA. Acredito, a rápida intervenção recebida me salvou. Depois da alguns dias, ao receber alta, ainda com uma enorme hematoma roxa na testa, sentia no peito um sentimento de agradecimento aos médicos e enfermeiras do HSA. Foi a primeira vez que pensei seriamente em oferecer uma pintura com a minha assinatura ao HSA. Na verdade, da grandeza do atendimento e dedicação que todos os hospitais preservam, considerava a possibilidade da minha oferta nâo ser aceita pela direção do HSA. Afinal, todos tem o direito de gostar, ou não, do meu trabalho.                                                                                                                                                                                                                               O tempo passou, só agora, 40 anos depois, após passar por mais uma sirurgia, me encorajei levar a cabo a minha intenção de oferecer uma obra ao acervo do HSA. Foi o que fiz e, para a minha alegria, o HSA aceitou a minha oferta.

 Artigo 02) 

 A IMPORTÂNCIA DO HSA PARA TODAS AS PESSOAS.

   É impossível medir a importância de um hospital, igual o HSA,  para todas as pessoas que o procuram. Tudo porque, a saúde é o bem mais precioso na vida das pessoas. Nessa linha, o HSA tem sido vital para Blumenau desde 1860, o ano da sua fundação e, para mim, desde 1977, o ano que cheguei em Blumenau vindo de Pouso Redondo. Na verdade, a história nos mostra que a necessidade de um hospital para atender todas as pessoas em Blumenau, foi percebida pelo próprio fundador da colônia, o colonizador alemão, filósofo, com conhecimentos em farmácia e química, Dr. Hermann Blumenau (Hasselfelde, 1819 - Braunschweig, 1899). Preocupado com a saúde dos moradores da colonia que fundou, em 1850, Dr. Hermann Blumenau percebeu bem cedo a necessidade de contratar um médico para atender todas os moradores em Blumenau. Assim, em 1857, buscou na Alemanha, seu país de origem, um médico conceituado que aceitasse se aventurar à terra distante. Esse desafio foi aceito pelo Dr. Gustav Bernhard Knoblauch, ou simplesmente, Dr. Bernardo Knoblauch, (nascimento em Berlim, 1829 -falecimento em Blumenau, 1872). Formado pela Universidade de Jena, Alemanha, foi o primeiro médico oficial contratado na história de Blumenau.                      

                         Dr, Bernardo Knoblauch, o primeiro médico oficial de Blumenau, a obra "Nascimento" é dedicado à ele.

 Dr. Bernardo Knoblauch assumiu o cargo de médico oficial da Colônia até sua morte, em 1872. Dessa maneira, entre feitos importantes, podemos apontá-lo como o primeiro médico a realizar um parto no HSA. Por isso, dada a importância desse fato, é a ele dedicado a minha obra "Nascimento" que estará, a partir do dia 14 de novembro, 2024, numa parede no HSA. A força dessa dedicatória é, principalmente. devido  a minha filha, Tarsila, ter nascido no HSA, em 1994. Assim, desde o momento que dei nome a obra  "Nascimento", pretendia dedicá-la ao médico -confirmado- do primeiro parto realizado no HSA. Mas, ao pesquisar sobre o tema, não consegui encontrar detalhes mais precisos sobre os primeiros partos acontecidos no HSA. Certamente, a falta de registros é devido a perda de documentos importantes no incêndio ocorrido, em 1958, na antiga prefeitura de Blumenau onde ficavam os arquivos documentais do século XIX. Mas, ao se aprofundar na história, é sabido que Dr. Bernardo Knoblauch ocupou o cargo de médico oficial da colonia Blumenau até a sua morte, em 1872. Tambem, não se tem conhecimento de outro médico trababalhando em Blumenau no período colonial. Então, a conclusão: foi ele mesmo, Dr Bernardo Knoblauch, o médico que realizou o primeiro parto na história do HSA. Dessa maneira, outra conclusão lógica é que foi  ele o primeiro médico clínico geral a atender no HSA.
 A chegada do Dr. Bernardo Knoblauch é um marco na história da saúde em Blumenau. Aqui ele encontrou muito trabalho, carinho,  apoio, e o desafio de medicar numa comunidade em formação, alojamentos improvisados na própria moradia, medicamentos escassos e remédios para doenças específicas muito demorados para chegar. Mesmo assim, conseguiu dar atendimento a toda população de Blumenau, que, em 1857, já contava com dois mil moradores. Sua morte, em 1872,  foi resultado de uma queda na escada de uma casa após realizar mais parto, a domicílio, em Blumenau.
Dr. Bernardo Knoblauch foi muito respeitado pela população, sendo sempre muito procurado. Foi os trabalhos sobrecarregados do Dr. Bernardo Knoblauch, na própria residência, que se tornou visível para Dr. Blumenau, e aos administradores do Estado, também aos representantes da monarquia, a necessidade da fundação de um hospital na Colônia Blumenau. Com muita dedicação e luta encbeçada por Dr. Blumenau, isso se tornou realidade em 1860, com a fundação do Hospital Santo Antônio,  o HSA. Inclusive, vale destacar, com parte dos investimentos para construí-lo saidos do próprio bolso de Dr. Blumenau.
A importância do HSA cresceu vertiginosamente através dos anos. Hoje é considerado um dos hospitais mais importantes, moderno e prestigiado de Santa Catarina.
Assim, 164 anos depois, o legado do Dr. Hermann Blumenau continua mostrando a grandeza do seu pensamento e a clareza da sua visão. Seu sonho não foi em vão. O Hospital Santo Antônio é a comprovação dos feitos humanitários da sua obra. Seu legado de cuidar da saúde e salvar pessoas, continua vivo e forte em Blumenau. Seu legado é para todos. Um dia, em 1984, o legado do Dr. Hermann Blumenau também me salvou.
Artigo 03) 
CRÔNIC: 
DA VIDA POR UM FIO NO HSA, AO MORAR NUMA  PRAIA SILVESTRE. 
  A mais preocupante internação, como já aiante, pela qual passei pelo HSA, aconteceu em 1984, quando, depois de um acidente, minha vida ficou por um fio. E, o acidente, teve relação com as águas  do Rio Itajaí que, naquele momento, subiam assustadoramente dando incio a uma enchente que ainda viria ser conhecida como das maiores na história de Blumenau. Naquele dia, quando o aumento repentino das águas do Rio Itajaí comecava preocupar, sai de casa de bicicleta para ir até a Rua Alwim Schrader, local da empresa onde trabalhava, a Clicheria Blumenau. Queria saber da situação. Como possuia a chave, ao entrar nela o que presenciei assustou-me demais: a água barrenta estava tomando conta de tudo. Voltei em disparada para casa com a intenção de conseguir ajuda e retirar, do setor onde trabalhava, os produtos de fotografia e as cartelas de Letraset (letras decalcáveis usadas na época nas artes-finais, um produto que não existe mais). A intenção era, também, conseguir ajuda para retirar, ou levantar, as máquinas e as bombonas de ácido usado para a fabricação de clichês. Sim, eu trabalhava numa fábrica de clichês. Sozinho pouco poderia fazer. Então, tinha que conseguir ajuda. Pedalando de volta em direção a minha casa, estava "voando" com a bicicleta.                Ao chegar em frente da casa, larguei a bicicleta num canto da rua e, como já mencionei, subi em disparada a escada de concreto da entrada. Foi então que tropecei, cai, batendo violentamente a cabeça num dos degraus. Foi apagão instantâneo. Por sorte, morava com um dos meus sete irmãos e havia outras pessoas por perto que presenciaram a cena. Fui socorrido e Imediatamente conduzido ao HSA, trezentos metros distante. A situação não era das melhores, a testa estava com um hematoma roxo, inchasso enorme, sangue escorria da testa e muito mais pelo nariz. Nada falava, a única comprovação de vida, para alívio do meu irmão, eram os movimentos bruscos que aconteciam de tempos em tempos como se estivesse levando choques elétricos. Internado em coma, depois de alguns dias acordei, para a alegria do meu irmão que se mantinha em vigília no HSA. Foi alívio também para os médicos e para as enfermeiras ao me verem acordado, lúcido, falante e, ao ser perguntado, não havia esquecido o nome, nem a idade. Queria revistas para ler, queria saber o que havia acontecido; onde estava, quem eram elas, as enfermeiras, etc. Para mim, daqueles momentos em coma, ainda recordo e mesmo num sono profundo, o meu cérebro continuava ativo, viajava longe e parecia que estava vivendo um sonho doido. Tudo parecia feliz. Escutava murmúrios, até música distante e em eco. Ainda lembro dos momentos quando estava sendo conduzido pelo corredor do HSA, acho que deveria estar com os olhos meio abertos, pois parecia que estava num corredor luxuoso do Palácio de Versalhes do rei Luiz XIV (o delírio nesse tema foi, talvez, devido uma matéria numa revista que havia acabado de ler). Em coma, tudo era bonito, cores pulsavam, escutava vozes incompreendidas. Havia amarelo, azul e verde que brilhavam pulsando ao meu lado, o que me dexava admirado. Sentia perfume de flores e estava num lugar onde escutava uma música bem bonita e distante. Aquela alucinação estava sendo fantástica, parecia estar num paraíso de onde não tinha a menor intenção de sair. Se religioso fanático eu fosse, poderia concluir que estava andando em direção ao céu, pois se estivesse em direção ao inferno, certamente o local seria horrível e com cheiro de podre (risos).
Depois que recebi alta no ĤSA, sem perceber a minha vida se transformou. Parece que a batida forte na cabeça, mais o soro injetado em mim no HSA, mudaram a minha maneira de sentir a vida. Em poucos dias, pedi demissão na empresa onde trabalhava com bom salário de ilustrador e arte finalista (eu era o maior salário da empresa). Num rompante inesperado para todas as pessoas ao meu redor, especialmente para meu irmão, comecei a anunciar que logo me mudaria para uma praia deserta de Florianópolis. Nem sabia qual praia seria, afinal, ainda não conhecia nenhuma praia em Florianópolis. Meu irmão, assustado, considerou a ideia uma doideira, já que pouco tempo antes eu havia conquistado um prêmio importante de pintura no MASP, SP e, lteralmente enchido os bolsos de dinheiro. Deveria mesmo era se mudar para São Paulo, aproveitar o calor do prêmio, ainda recente, e fazer muitas exposições o e cuia num ônibus em direção  à Florianópolis. Chegando na rodoviária, como não sabia qual praia ficaria, perguntamos a uns rapazes que pareciam gostar do mar: onde havia uma praia deserta que desse para acampar sem gastar dinheiro? Com essa pergunta inusitada, cheguei à Praia da Solidão em companhia do meu irmão. Ele ficou duas semanas, ajudou a organizar o acampamento e voltou para Blumenau onde tinha emprego. Logo, como num sonho, eu passei a morar totalmente sozinho, numa barraca, e numa praia totalmente selvagem e deserta, a Praia da Solidão,  Pantano do Sul,  sul da Ilha Santa Catarina, em Florianópolis.
 Até hoje é a aventura mais incrível, apaixonante, inspiradora e perigosa que já fiz na vida. Aquela batida forte na cabeça deve ter soltado mais alguns parafusos no crânio, era a concordância e o que falavam para mim todos os meus amigos próximos. 

 VIVENDO EM PLENA SOLIDÃO NA PRAIA DA SOLIDÃO.
 Morando numa barraca na Praia da Solidão, uma nova rotina passei a viver. Não raro passava semanas sem falar, nem ver um ser humano. Fiquei  morando por oito meses assim, em companhia apenas de uma cadelinha negra encontrada na praia, siris, buzios, cobras, lagartos, material de pintura e muitos livros.  A praia toda era só minha, pelo menos era assim que consideravam os pescadores, surfistas e os campistas que enfrentavam a pé os 10 km de caminhada do Pântano do Sul até a Praia da Solidão. Todos que lá chegavam vinham até mim para saber onde era o melhor local para passar o dia, se podiam ficar nos finais de semanas, ali, na minha praia particular. Sim, quem lá chegava, me considerava um homem corajoso, destemido, além de louco por morar numa barraca, e sozinho, numa praia infestada de cobras peçonhentas. Desenhei, pintei, até desenvolvi uma coleção de desenhos texteis comerciais, temática marinha, que posteriormente foram apresentados e vendidos, por meu irmão, nas principais fabricas de camisetas de Blumenau. Tinha dinheiro, mas não havia onde gastar na Praia da Solidão. Para tomar uma cerveja gelada, por exemplo, era preciso caminhar 20 km de ida e volta aos bares do Pântano do Sul. 

 FESTAS E PERIGOS VIVENDO NA SOLIDÃO NA PRAIA DA SOLIDÃO.
 Não era só festas, perigos extremos também era rotina na silvestre Praia da Solidão, hoje uma praia de veranistas abastados. Numa madrugada enfrentei tempestade de vento fortíssimo, chuva massiva que fez surgir um rio subterrâneo vindo da cachoeirinha (que lâ tem), e bem atrás da barraca, dando muito serviço para não deixá-la ser arrastada. Galhos de árvores quebravam ao lado, as árvores assoitadas pelo vento pareciam que cairiam em cima da barraca. Tudo acontecendo na escuridão total luminado apenas pelas descargas dos raios caindo perto.             Também, enfrentei ressaca do mar com a água entrando na barraca.
 Tudo era diversão. Aliás, mesmo rindo bastante, especialmente de mim mesmo, tudo era enfrentrado com muita seriedade e cuidados. Afinal, estava morando sózinho num local  selvagem e perigoso. Em caso de um acidente, uma picada de cobra, por exemplo, não  havia a quem pedir socorro. Portanto, cuidados extremos se tornaram necessários.  Circular pela vegetação seca,  somente com um cajado batendo a frente dos passos e, assim conseguir descobrir as cobras pelo caminho. Já para dormir tranquilo, cochão elevado com varas de bambú, um metro acima do chão se tornou necessário para as cobras não passarem por cima do peito, etc. Nas noites nostálgicas com o som do vento e do mar ao fundo, uma vela dentro de um vidro de conserva era o melhor lampião para iluminar o jantar,  ler e desenhar.  
 A visão constante de cobras circulando perto da barraca causava temores. E, mesmo num pior pesadelo,  nada se comparou a sensação congelante de ver e sentir uma cobra coral andando, parando, descansand por incontáveis minutos entre os pés descalços na hora do almoço. A sensação do corpo daquela cobra andando encostada e sobre os meus pés ainda me causa insônia. A sensação? Nem fria, nem quente, apenas temperatura ambiente. Noutra ocasião, outro terror provindo de outtra cobra peçonhenta. Dessa vez, o susto foi colocar a mão dez centímetros à frente de uma cobra jararaca que se encontrava na caixa de macarrão. E dentro da barraca. Foi de congelar a espinha, de tão inesperado, até a cobra se assustou antes de se enrolar para dar o bote. Naquele momento, o meu princípio de não matar nenhum animal na Solidão (no duplo sentido), começava a ficar comprometido com cobras entrando na barraca.                                                                                                                                                 .                                                                                Não só cobras dentra da barraca, os perigos eram constantes em todas as âreas da Praia da Solidão.  No crepúsculo de um dia quente, ao nadar no mar como fazia quase todas as manhãs, um desafio descomunal tive que enfrentar. Naquele amanhecer, sai correndo da barraca e me joguei no mar na companhia da minha cadelinha negra. Nadei, mergulhei e, de repente, me vi afastado demais da praia. Ao tentar nadar de volta, não consegui avançar e a praia ficava cada vez mais distante. Logo  percebi a gravidade da situação e, não havia ninguém a quem pudesse pedir ajuda. Por sorte, eu nadava e mergulhava muito bem e naquele momento estava preparado fisicamente para grandes desafios. De verdade, me sentia bem forte, primeiro devido ter trabalhado na roça quando garoto, depois devido jogos de futebol desde criança e, ali, a energia vinha da alimentação a base de frutos do mar que preparava todos os dias no meu fogão-grelha. Só não estava preparado para enfrentar sózinho o Atlântico. A situação só piorava; estava sendo levado para o costão onde as ondas arrebentavam nas pedras com violência.  Ali, pouca chance teria de ecapar. Apesar de tudo, estava calmo. De tempos em tempos tentava nadar de volta à praia, não conseguia. Cansava, boiava para descansar. Quando nada9va, nadava como nunca na vida, e nada avançava. Tentava surfar as ondas com o peito, como fazia para se divertir, também não dava resultados. O mar ficava cada vez mais furioso, urrava um som assustador que nem ouvia, concentrado que estava em sair do mar. Continuei lutando, não  me entreguei em nenhum momento, usei todas as minhas forças e, finalmente, depois de duas horas, mais ou menos, consegui sair do mar.  O que contribui para sair daquela situação deseperadota, foi manter a calma e ter boa energia física naquele momento. Também, a técnica de mergulhar até o fundo do mar, onde a força da onda é menor, firmar os pés na areia e forçar correr debaixo da água em direção à praia. Isso precisa ser feito muitas vezes, tem que usar todas as forças; deu certo para mim.              Apenas outro dia perigoso vivendo na Solidão (no duplo sentido).                                                                                         Nem só o perigo e ser picado por cobra peçonhenta, ou se afogar no mar, faziam a rotina morando na Praia da Solidão. Fatos belíssimo e raros também foram apreciados, e somente por mim. A visão de baleias brincando bem perto e cardumes de tainhotas no amanhecer, ambos quase encalhando na areia da praia, eram deleites raros e inesperados. Num outro amanhecer, quando andava no "caminho da roça" para mergulhar no costão e coletar buzios de grande tamanho e mariscos enormes, de 15 a 20 cm , me deparei com uma cena impressionante. De repente, vi que todas as pedras banhadas pela água estavam cobertas de búzios amontoados.  Para onde eu olhava,  havia buzios grudados. De todos os tamanhos, de várias cores,  alguns gigantes, outros pequeninhos. Nunca tinha visto, nem nunca mais vi, algo parecido. Milhare deles. Nada sabia a respeito, unica certeza se tratar do acasalamento dos moluscos. Foi rápido, logo que o sol nasceu desapareceram por completo, restando apenas alguns buzios pequenos boiando mortos na água.   

     Naquele verão, vivendo na Solidão (no duplo sentido), namoradas ocasionais chegavam com mochilas e barracas nas costas para passar os finais de semanas, ou feriados, na praia. Delas, uma proporcionou enorme perigo. Motivo: Casada. E, por não perguntar, nada sabia desse fato.  Na verdade, tirando a alegria em receber suas visitas com chocolates e vinho, ela foi o maior perigo na Praia da Solidão. Perigo maior, até, de ser picado por uma cobra peçonhenta dentro, ou ao redor da barraca. Tudo porque, seu marido, um cidadão festivo que trabalhava em Florianópolis, musculoso, nervoso, um tipo que adorava armas, dar tiros em árvores, me ameaçou com um revolver. Por sorte, ao me mostrar a arma, mexendo no gatilho, colocando e tirando os cartuchos, fazendo enorme barulho, disse-me apenas: " Fique calmo, a arma não é pra você. É para os malandros da praia que pegam as mulheres bonitas casadas". Falou olhando desconfiado pra mim com cara de poucos amigos. Claro que não acrditei nele e, ufa, eita, que barbaridade, me odei por estar naquela situação tão perigosa.  Depois de quase levar um tiro de um marido desconfiado,  pensei: Melhor começar a perguntar para as mulheres bonitas e apaixonanadas, que chegam na praia, se são casadas, ou não.

  O verão passou. Depois de muitos meses, num belo dia, um eco nunca ouvido antes de máquinas na Praia da Solidão, se fez presente. Ronco de motor diesel  poderoso ecoava forte num dia de vento sul. Os morros, insatisfeitos com o enorme barulho, mostravam seus desagrados devolvendo o eco, como quem se livra do lixo indesejado. Não demorou, e o monstro apareceu na figura de uma grande maquina de esteira rolante. Poderosa, derrubava árvores, afastava pedras, removia terra, assustando todos os seres vivos e acordando todos os seres mortos que, desde a pré-história,  habitam a Praia da Solidão.    Uma estrada estava sendo aberta no meio do mato para chegar até a praia. Com isso, ouve uma mudança radical nos tipos de frequentadores na Praia da Solidão. Agora, não era mais jovens campistas alegres andando a pé que apareciam  na praia e, sim, homens rudes, de pouca conversa, que chegavam de carro, ou de caminhonetas, trazendo ferramentas, morões e muito arame farpado para cercar uma área pré-demarcada. Rapidamente, um silêncio ensurdecedor tomou conta da Praia da Solidão. Logo começou uma disputa silenciosa para demarcar com cerca de arame, com barracos erguidos com madeira barata num dia só, porteiras com cadeados, as melhores áreas próximas ao mar. Começou com um barraco, surgido rápito num dia qualquer,  cuidadosamente cercado com morões de concreto, alambrado de arame farpado, portera com cadeado e, um senhor aposentado passou a ser meu vizinho. Sendo ele, o segundo morador da Praia da Solidão. Gente boa, homem simples, um boa conversa nas tardes chuvosas. Não gostava de peixe, nem de frutos do mar, preferia comer linguiça frita com pirão de farinha de mandioca e ensopado de carne seca. Nas pratileiras do barraco, ao lado do fogão à gas de duas boca, muitas latas de feijão, ervilhas, milho, etc. Costuma ficar na janela olhando o mar, tomando chamarão, fumando cigarro de palha em total silencio.  Numa conversa, confessou ser contratado para ficar morando ali. Ganhava salário mensal de um "doto" de Forianópis". Afirmava não gostar do mar.  Aquilo me preocupava, isso é especulação imobiliária. Testemunhar o momento da transição de uma linda praia deserta para uma vila de veranistas invasores, muito me desagradava. No inicio, até tentei impedir a construção de cercas de arame farpado ao lado da minha barraca. Mas, de nada adiantava derrubar, eram construídas de novo, na segunda vez, sempre acompanhadas de imposições e ameaças. Percebi que estava correndo risco igual ter cobra coral andando sobre os pés. Cada dia aumentava mais a minha preocupação. Não queria ser morto por defender aquele espaço selvagem; como aconteceu com o Tibúrcio, um amigo nativo da região do Pântano do Sul,  unico morador de outra praia silvestre da ilha de Florianópolis, a Praia da Lagoinha do Leste, morto a facadas por defender a natureza selvagem da Ilha (será que a casinha construída por ele com garrafões de vidro ainda existe na Lagoinha do Leste?).                                                                                                                                                                                                                               Após a abertura da estrada, os carros passaram a dominar a Praia da Solidão. Não havia mais espaço para um solitário viver na Solidão. Tinha chegado a hora de levantar o acampamento. Não queria, nem estava ali para cercar um pedaço da praia, como diversas vezes me aconselharam aqueles que estavam fazendo isso. Minha aventura selvagem tinha chegado ao fim. Sai geliz da Solidão (no duplo sentido) com um tesouro precioso: a experiência de ter vivido por oito meses numa das últimas praias desertas da Ilha de Forianópolis.

   Não sabia, ao levantar o acampamento, tinha na bagagem uma história emocionante que ainda me levaria a escrever um romance -iniciciado em 2006 e terminado em 2017-.

 Hoje, o romance "A Solidão do Lagarto" (solidão no duplo sentido - lagarto porque era esse o meu apelido na praia), está pronto aguardando a impressão gráfica junto com outros dois livros de minha autoria. 

  O romace de aventura, nascido da minha rotina solitária na Praia da Solidão, Florianópolis, entre os anos 1984/85, foi escrito com a intenção  de divertir, fazer rir, criticar, emocionar e meditar sobre a importânia de manter intocada a natureza selvagem que ainda nos resta. Tem até receitas de alimentos a base de frutos do mar para serem preparados em acampamentos selvagens. Está longe de ser uma obra auto biográfica, mistura realidade com ficção, tem 13 capitulos e um encarte com uma historinha em quadrinhos. No primeiro capítulo tem citações reais da minha internação no HSA, em 1984. Estou lutando para publicá-lo e, vai ser publicado com assinatura de um heterônimo literário porque pretendo, ainda, desenvolver uma longa carreira literária sem misturar com a minha carreira nas artes plásticas de quase meio século de teimosia, digo, de carreira.

O primeiro capítulo do meu romance tem menções da minha internação em coma no HSA/ pode ser lido neste link: https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:US:c041ada7-40d7-4a04-b3b0-0002b74e5ef9?comment_id=a9663ef2-dfc0-4d4c-b1c3-9bfd4921a4ec

 

Artigo 04)  PONDERAÇÕES SOBRE A PINTURA OFERECIDA AO HSA.

Desde o momento em que decidi procurar a diretoria do HSA para oferecer uma pintura, já tinha em mente o tema: "A alegoria das mães". Também já havia definido alguns tópicos para o desenvolvimento da pintura:                                                                                           a) Não queria obra com aspecto depressivo.                                                                                                                                                              b) Não queria obra que passasse agressividade.                                                                                                                                                        c) Nem desenvolveria uma obra que lembrasse pessoas doentes e feridas.                                                                                                             d) Nem criaria uma obra que lembrasse violências e óbitos. 

O objetivo, desde o inicio, foi criar uma obra para destacar a força da vida e a alegria de viver. Também, criar uma obra para destacar o trabalho concentrado dos médicos. Assim, objetivei uma obra de cores vibrantes para quando vista de maneira rápida lembra-se um belo jardim. Com a aprovação do tema pelo HSA, só restou iniciar o trabalho. E, de repente, o desenho não avançava, a inspiração não acontecia. Fiquei duas semanas na frente do díptico (obra em duas partes). Desenhava, apagava. Desenhava de novo, apagava mais uma vez. Nenhum traço agradava. Bloqueio artistico é natural, acontece muito entre os criadores. Nada é mais assustador para um pintor do que uma enorme tela em branco. Mas, não agora, falava de mim para mim mesmo. Ademais, a data do lançamento já estava programada, o patrocinador da obra (ver abaixo) já tinha pago o material. Ele, o patrocinador, por apreciar a qualidade em tudo, as tintas óleo importadas são da melhor qualidade, ou seja, as mais caras da loja aumentando, assim, a minha responsabilidade. Não posso me permitir descumprir o acordo, repetia para mim mesmo. Mas, nada do desenho se definir. Comecei a temer não conseguir produzir a obta. Então, esqueci a obra por uns dias . Mudei de tema: Vou pintar uma "brincadeira infantil". Pensei. Também nesse tema, não saia nenhum desenho que me agradasse. Em busca da inspiração, passei a pesquisar alguns artistas para apoio criativo. Primeiro fui para "as brincadeiras" do Orlando Teruz. Nada. Fui para as formas geométricas do Walter Levy e, nada de novo. Por fim, fui para as "brincadeiras" do Portinari e, de novo, nenhum desenho que fiz me agradou.  De novo, por uns dias não peguei mais no lápis.                     

  Quando voltei para os desenhos preliminares, o pensamento do nascimento da minha filha no HSA e, o nascimento, há poucos dias, do filho do amigo, agora o patrocinador da obra, me dominou. Deu certo, o desenho de uma sala de parto de um hospital começou a dominar o meu pensamentor. E, a insporação, no momento exato de um parto acontecendo. No desenho expressionista, um médico faz  um parto trazendo mais uma criança para a vida. Na pintura pronta, vemos médicos assistentes acompanhando o parto, todos com seus jalecos verdes. A mãe não aparece na cena geométrica expressionista, mas, ê a figura central representada no bebê nas mãos do médico. Atê o nome da obra se definiu no primeiro desenho: NASCIMENTO. Logo, madtugada à dentro (meu horário favorito para pintar), durante três semanas, me envolvi exclusivamente na pintura para o HSA- 

 
                                                               
                 
     Nome da Obra: NASCIMENTO.
 
   
Tamanho total: 185 X 370 cm.(é um díptico).-

                       Técnica: Óleo sobre tela

                        Ano da produção: 2024. 

                       DEDICAÇÃO: Para Dr. Bernardo Knoblauch, o primeiro médico contratado por Blumenau em 1857/58. É apontado como o                                                    médico que rralizou o primeiro parto no HSA.

                       CURIOSIDADE: A viuva do Dr. Bernardo Knoblauch, Dona Dorotéia Wagner, faleceu em avançada idade, em 1918, no local                                                       onde é hoje o município de Pouso Redondo, para onde se transferira em companhia de um dos seus filhos.                                                     Ou seja, a viúva do Dr Bernardo Knoblauch faleceu no município onde eu, Cesar Otacílio Gomes, nasci.


Artigo 05)  CONSIDERAÇÕES SOBRE O PATROCÍNIO.                                                                        

 Depois do aceite da minha obra pela diretoria do HSA, parti para desenvolver o projeto da pintura. Não queria simplesmente escolher uma obra,  entre as centenas que tenho no ateliê, para oferecer ao acervo do HSA. Aliás,  nenhuma obra minha pronta, no momento, aborda uma temática apropriada para parede um hospital. Desde o momento em que pensei oferecer uma obra ao HSA, pensei em desenvolver uma pintura direcionada e  exclusiva ao local. De imediato, escolhi a técnica: Óleo sobre tela e, muito importante,  usando uma tinta de qualidade para dar durabilidade sécular à obra. Ou seja, a ideia sempre foi produzir uma obra em grande formato e com tinta que, já sabia, seria caríssima. Assim sendo, precisaria conquistar um patrocinador, algo muito difícil de encontrar em Blumenau, se tratando de arte moderna. Então, precisava divulgar a obra na Internet para muita gente, começando pelos meus amigos que sempre apreciaram a minha obra. Assim, desenvolvi um informativo virtual apresentando uma obra que nem existia ainda, mas, eu, seguro, dava aval que a produziria e que seria mesmo incorporada ao acervo do HSA. Dizia ainda que produziria uma das melhores obras da minha carreira de desenhista e pintor com quase 50 anos de teimosia, digo, de trabalho. Se pensar bem, a situação que criei era surrealista, estava oferecendo um produto que ainda não existia, só havia num texto escrito e na minha palavra.  Como é da ousadia feito os grandes homens, fui em frente, enviando o meu informativo para muita gente. Logo respostas começaram a chegar e, antes mesmo de terminar o envio para todas as pessoas de uma lista pré estabelecida, um patrocinador apareceu. Era um antigo cliente,  um amigo de mais de 35 anos de historias compartilhadas: Edson Pedroso, CEO da Brasmaq, empresa de máquinas portuarias de Itajaí. "Pode contar comigo. Amigo", foi sua resposta apenas cinco minutos depois de  eu ter-lhe enviado o informativo. Fiquei bem satisfeito, temos uma história parecida de vida. Ele veio da roça de uma familia de muitos irmãos, começou seu desafio nos negócio do zero, igual a minha carteira de artista plástico (nos conhecenos através do meu trabalho de publicitário, criei a logomarca da primeira empresa dele)  Com todo o material de pintura em mãos, comecei a trabalhar na obra para o HSA. Comecei encomendando a montagem das duas telas  (trsta-se de um díptico). Duas semanas depois, quando os chassis estavam prontos, Edson,  me ligou de novo, desda vez querendo saber como estava a busca de patrocínio. Disse-lhe, eu: "Está bem legal, além de você, já tenho mais duas empresas  interessadas". Foi então que, falando decidido,  fez uma proposta de patrocínio unitário para que só o nome da sua empresa constasse na plaquinha de metal incorporada na parte baixa direita da obra, dentro do HSA. Algumas semanas depois, quando já estava com a obra pronta e assinada. novamente o Edson Pedroso, da Brasmaq- Maquinas Portuárias, agora o patrocinador oficial da obra que fará parte do acervo do HSA, me ligou. Mais uma vez foi logo falando: "O patrocinador para a plaquinha de metal vai ser a" Árvores Hara", a empresa de arvores raras,  adultas, da minha filha, Heloísa, o que me deixou ainda mais contente por ser, eu, um defensor da arborização dos  espaços urbanos.Curiosidade: A cor verde da minha pintura não teve a intenção de combinar com o tema do patrocinador da obra, a Ârvotes Hara. A obra foi pintado antes de saber da mudança no nome do patrocinador. Assim, foi conhecidência cor verde da obra combinar com a cor verde de árvores. Na minha inteção, a cor verde na obra é uma alusão a cor dos jalecos dos médicos.                  

segunda-feira, 13 de maio de 2024

LIVRO-MÉTODO NATUREZA DESENHISTA - MÉTODO OFICINA


Lançamento 






CESAR OTACÍLIO na internet/ Texto: Cesar Otacílio Gomes 

Livro completo disponível neste link:

https://drive.google.com/file/d/0ByKUQ8uulkz9b2VBOXctaU1BT28/view?usp=drivesdk&resourcekey=0-OWQbteDrtaMWco0xj2SV4Q

                 
Voltado ao fortalecimento e valorização do desenhista infanto-juvenil, LIVRO-MÉTODO NATUREZA DESENHISTA é direcionado especialmente e objetiva conquistar professores de arte do ensino fundamental na adoção de novos exercícios artístico-educativos para aplicar em sala de aula. Também aos pais interessado no desenvolvimento do talento desenhista dos filhos e artistas plásticos na ministração de oficinas de desenho artístico para jovens. Por fim, pretende ser uma ferramenta à contribuir no crescimento artístico, cultural e intelectual das crianças e dos adolescentes.

Contendo 52 exercícios, todos divididos por indicação de idade a partir dos 07 anos, até 15 anos, com especificação de tempo para praticar, material a utilizar, cuidados necessários à execução, possibilidades técnicas, etc., cada atividade destaca quatro referenciais de diversificados temas e autores, desde obras de grandes pintores de importância mundial / brasileira / catarinense, também inventores, criadores de personagens infantis, arquitetos e artistas gráficos. Alem de explorar temáticas de impacto social, como: contra violência, acomodação, valor à honestidade, trabalho, amizade, família, respeito às pessoas, necessidade da prática esportiva, importância da proteção ambiental, controle do lixo, etc.  

Em cada atividade, a interatividade está presente, assim, nesta linha de ação, cada tarefa foi dedicada a um estudante talentoso que participou das oficinas de desenhos CESAR OTACÍLIO, 30 ANOS DE ARTE, ministradas por mim em 2011 dentro de 4 escolas municipais do ensino fundamental no município de Pouso Redondo, SC, na minha terra natal, quando inicie e pratiquei a experimentação desta metodologia lançada na internet e disponível gratuitamente a quem desejar. Apreciar as crianças e os adolescentes desenhar, animava; vê-las trabalhar, inspirava; os resultados obtidos e a felicidade dos praticantes emocionava, portanto nada mais natural que estudantes talentosos, vivazes, dedicados, inteligentes e curiosos sejam lembrados nos exercícios do LIVRO MÉTODO NATUREZA DESENHISTA - MÉTODO OFICINA CESAR OTACÍLIO.

 Metodologia de estímulo desenhista, não tem ligação com associações artísticas, entidades religiosas, partidos políticos, fundações institucionais, causas étnicas, nem defende políticas governamentais, é apenas uma obra escrita e ilustrada comemorativa 30 anos da carreira nas artes plásticas, festejado em 2011,  por um teimoso artista morador de Blumenau, nascido em Corruchel, 1959, município Pouso Redondo, SC. Ou seja, festejado por um raro artista corruchelense / pouso-redondense / blumenauense / catarinense / brasileiro.

Talvez, tudo tenha começado no momento que aprendi a ler; sim, porque, a pessoa é o que lê, não o que come, então LIVRO MÉTODO NATUREZA DESENHISTA germinou no primeiro instante da grande dádiva da leitura, quando de imediato desejava ser personagem de uma aventura qualquer num livro, ou num gibi. Ao se gostar de ler, tudo se transforma, foi assim para mim e muitos outros, por isso comumente costumamos ouvir de pessoas inteligentes: "estudar é importante, ler é primordial".

 Somente com pesquisa, talento e dedicação para poder alcançar a realização num trabalho de pesquisa intelectual, algo que deveria estar ao alcance de todas as pessoas com implantação de mais bibliotecas em todos lugares, melhorar nas escolas, aumentar formação nas casas, repartições, instituições hospitalares e prisionais, centros comerciais, fábricas, terminais de ônibus, etc. Com certeza, com mais livros disponíveis de forma visível à população, com mais pessoas tendo hábito natural da leitura, as cidades seriam lugares bem mais tranquilos e organizados para se viver, habitadas por mais pessoas educadas e serenas. Resultaria certamente, à longo prazo, na redução dos inúmeros distúrbios sociais que acontece de maneira crescente e descontrolada na atualidade.

Assim, querendo contribuir de alguma maneira, sempre foi meu objetivo lançar uma publicação parecida/igual  LIVRO MÉTODO NATUREZA DESENHISTA, um livro com redação assinada por mim onde pudesse apresentar obra pictórica, pensamentos, gosto artístico, particularidades pessoais, elevar a amizade, promover defesa ecológica, críticas contra ignorância, repúdio à violência, campanha por mais bibliotecas nas cidades, etc. Pensava sempre num trabalho didático que envolvesse artistas favoritos, aqueles que tiveram importância num momento da vida, quando passava horas à apreciar suas obras (em publicações), costume preservado da infância quando ficava hipnotizado com o cheiro e as ilustrações dos livros.

 Artista com formação autodidata, curioso, pesquisador, desdenhador da soberba, repudiador da hipocrisia e da arrogância, tanto faz andar com um mendigo ou com um presidente da república, podendo ser um marginal, um juiz, um padre, um jovem, um ancião, não tem diferença, o importante é as pessoas, aprender com elas, pois, indiferente do que sejam, todos elas podem nos ensinar alguma coisa.

No conteúdo do LIVRO-MÉTODO NATUREZA DESENHISTA, pesquisa, referencias, pensamentos e opiniões. Lá está a afirmação (fortalecida por muitos artistas), que, na amplitude artística ninguém é melhor, nem pior, apenas diferente um dos outros; cada pessoa tem própria maneira de expressar-se, seu próprio valor e sua própria beleza. Todos desenhamos de uma maneira ou outra, faz parte do nosso ser, não conseguimos evitar. O desenho nasceu com o homem nas cavernas, foi nossa primeira manifestação intelectual, principal descoberta para o desenvolvimento; impossível imaginar a evolução da humanidade sem o domínio do desenho. 

Pensadores como: francês Jean-Jaques Rousseau, suiço Johann Heirich Pestalozzi, norte-americana Betty Edwards, e especialmente, o brasileiro Rui Barbosa de Oliveira, são referenciados sobre a importância da prática do desenho para formação da personalidade e o crescimento intelectual nas crianças e nos adolescentes.

Obras de pintores importantes na história da arte de diversas partes do mundo, italianos, holandeses, franceses, alemães, japoneses, ingleses, alem de brasileiros e catarinenses que eu gosto e que  encontram-se no Domínio Público (lei de acordo internacional que disponibiliza obras de artistas, com mais de 70 anos da morte, para pesquisa e divulgação) recebem atenção especial no LIVRO-MÉTODO NATUREZA DESENHISTA. Criações de diversas épocas são apresentadas como referenciais nas atividades, todas selecionadas conforme temática de cada tarefa. Giotto, Rafael, Rembrandt, Caravágio, Delacroix, Van Gogh, Cezanne, Kirchner, Ismael Nery, Victor Meireles, entre muitos outros. Desta maneira, procura-se promover iniciação nos estudantes sobre os principais movimentos da arte universal: desde renascimento, barroco, impressionismo, cubismo, expressionismo, dadaísmo, surrealismo, abstracionismo, Pop-art, concretismo, etc..

 LIVRO MÉTODO NATUREZA DESENHISTA procura ser simples, dinâmico, provocador, destaca a integração, a interação, o respeito, honestidade e a igualdade entre as pessoas, ninguém se sentindo menor, maior, melhor, ou pior. E, estupidez, ganância, preguiça, são apenas temas de tarefas. Orgulho? Soberba? Violência? Armas? Prepotência? somente assuntos referenciais para atrair praticantes às atividades propostas para desenhar e colorir.










sábado, 5 de agosto de 2023

   Em busca de boas parcerias culturais /parte 2 /   

         Com o fortalecimento do segmento cultural no país, cresce necessidade de formação de boas parcerias para promover inscrições de projetos em editais artísticos culturais.

  Assim, o Ateliê Cesar Otacílio, CNPJ-30.636.772/0001, Blumenau, em ação desde 1978 e, por acreditar na força do desenvolvimento de projetos didáticos em parcerias, está em busca de parceiros(as) para propostas de livros, revistinhas em quadrinhos, coleção de livros sobre arte direcionados para crianças e adolescentes, documentários, canal virtual sobre arte, materiais informativos didáticos culturais, etc.                 

   O objetivo é encontrar bons pesquisadores, jornalistas, desenhistas de personagens infantis, comunicadores para canal virtual e, dessa maneira, formar parcerias construtivas em projetos culturais de vanguarda.                                                                                     

  A QUEM INTERESSAR:                                         MAIS DETALHES / CONHECER ESBOÇOS DE PROJETOS / Ver" parte 1 deste anuncio aqui no blog-Ateliê Cesar Otacílio

                    

  ALGUNS PROJETOS REALIZADOS: 

 a) Entre muitas parcerias em projetos realizados, aqui em dois  trabalhos com o poeta Lindolf Bell.

    

Em 1992 - pintor e poeta posando em frente ao "Painel-poema", obra de ambos. 

 

 Em 1996 - momento da inauguração do mural "Às Costureiras" e do poema "Ode à Costureira". A ocupação da praça com pintura e poesia, como tantas vezes defendeu o poeta Lindolf Bell (1938/1998) -  esquina das ruas Dois de Setembro e Santa Catarina, em Blumenau.

                                                                        Prefeito mecenas de Blumenau, Renato de Mello Vianna, mais a costureira Miriam Morais Gomes, mãe do pintor, e Cesar Otacílio com Lindolf Bell (numa das suas últimas aparições e participações num evento cultural festivo, o lançamento de um mural e de um poema numa praça de Blumenau. E,  diga-se, de um poema que ele criou especialmente para o local), maio, 1996.

Proposta para a praça da esquina das ruas Santa Catarina com Dois de Setembro, em Blumenau.  

 Proposta para a praça da esquina das ruas Santa Catarina e Dois de Setembro, Blumenau. Destaque para o totem com o poema "Ode à Costureira", de Bell. Também, a conversão da técnica do mural "Às Costureiras", de pintura para azulejos vitrificados, ou para mosaicos de pastilhas de vidro. Ainda, outro destaque é o acréscimo do painel "Historias de Costureiras de Blumenau", destacado recortes sobre histórias nas fábricas e nos bairros de dezenas de costureiras blumenauenses (em xadrez no layout). Por fim, destaque para a estrutura vazada, de ferro, para dar a característica particular tão necessária ao local.     


 b) LIVROS ATELIÊ CESAR OTACÍLIO.                                                    Projetos de Livros didáticos realizados: 1) Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes. 2) Livro-método Natureza Desenhista.   

Capa livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes, 2005.

   Avaliação Livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes pela SED-Secretaria da Educação SC.

 Uma página da historinha em quadrinhos do livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes.

 

Inovação para divertir: Desenho animado no folhear das páginas - livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes.

Mostrando ao governador de SC o desenho animado contido nas páginas do livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes,  2005 (Foto: Arquivo FCC- Fundação Catarinense de Cultura - Prestação de Contas /Projetos financiados 2004). 


 

2) Capa do livro-método Natureza Desenhista, 2015 (ainda só de lançamento digital).

 

Avaliações livro-método Natureza Desenhista pela SED-Secretaria de Estado da Educação-SC.

 

c) Alguns personagens criados com objetivo de lançar uma revistinha em quadrinhos, 1978 /1980 (objetivo ainda no radar ).

    

        Mamãe e Filhinho Fusca.

 
         As Gêmeas.


    

                  O jacaré Croco.

        

            O surfista Ki-Surf   

        
              A Cobra Matreira.

                

segunda-feira, 31 de julho de 2023

Em busca de boas parcerias culturais

   

 Em busca de boas parcerias para o desenvolvimento de projetos artísticos culturais  - parte 1.                                      Ação do Ateliê Cesar Otacílio,  Blumenau, SC, Brasil. CNPJ 30 636772/000 

     PROCURA-SE pessoas inteligentes, talentosas (na redação, no desenho, na comunicação), exigentes, sonhadoras, para dividir projetos artísticos culturais de vanguarda.                                                                                                                         Busca-se encontrar pessoas criativas, ousadas, curiosas, íntegras, disciplinadas, confiáveis, trabalhadoras, para formar parcerias em propostas inscritas em editais.         Isso porque, ao completar cinco (5) anos do registro empresarial (em junho de 2023), e por estar desde 1978 oficialmente nas artes visuais, primeiramente no ramo têxtil, depois promovendo exposições de artes, lançando projetos, apresentando novos produtos culturais, ministrando oficinas de desenho e cor para estudantes. Por tudo isso, o Ateliê Cesar Otacílio, estúdio de produção de arte e projetos de vanguarda, proposição de atividades para o desenvolvimento da arte e da cultura no ensino fundamental e médio, ministração de atividades desenho e cor com mote conhecimentos gerais para crianças e adolescentes, dinamização e práticas de desenho e cor para pessoas com deficiências físicas e cognitivas  leves e médias, difusão do  livro-método Natureza Desenhista para professores e estudantes da disciplina Artes nas escolas do ensino fundamental e médio, aplicação do Método Oficina Natureza Desenhista em escolas, está buscando parceiros(as) para o desenvolvimento de diversos projetos artísticos culturais. Com esse objetivo, um detalhe burocrático é preciso destacar: a complementação dos cinco (5) no registro do CNPJ torna o Ateliê C.O., como qualquer outro proponente interessado, habilitado inscrever propostas nos mais conceituados editais culturais do país.

  .Ateliê Cesar Otacílio - Em ação desde 1978.

                


 Legendas: No ateliê em 1983 (1),  1987 (2), 1988 (3), 1993. (4/5). 2017 (6) com a filha Tarsila.

  BONS PARCEIROS(AS) VALORIZAM PROJETOS DESENVOLVIDOS EM GRUPOS.

   A intenção é formar  grupos de trabalhos  com pessoas talentosas, curiosas, dedicadas, humoradas, confiáveis, empolgadas que gostem do desafio de pesquisar, de escrever, de comunicar, de desenhar e colorir.                                                                   
 Objetivo é encontrar quem seja exigente no trabalho, que tenha senso crítico apurado e o sonho de lançar belos livros, gibis, vídeos  documentais, não importando se tema didático, ou ficcional, se gibis divertidos, ou se livros de artistas surrealistas, impressionistas, expressionistas, abstracionistas encontrados na lei do Domínio Público. Também, livretos gráficos, virtuais, sobre artistas regionais, nacionais, históricos ou contemporâneos, sob licença direcionados especialmente  para professores e estudantes da disciplina Artes do ensino fundamental.         

  O propósito é conquistar pessoas inovadoras para parceria, como: jornalistas,  escritores, historiadores, ilustradores do segmento infanto-juvenil, além de um apresentador(a) dinâmico(a) de programa juvenil para plataforma YouTube.     

  Não se trata de um concurso, nem ser empresa de assessoria em editais culturais, é apenas uma busca  por bons parceiros(as) para trabalhar em grupos com projetos já definidos. Sim, apenas atrair quem  entenda o significado do trabalho em grupo e da dedicação 
necessária para o sucesso de um projeto plural.

  A busca é por parceiros(as) que tenham talento para desenvolver trabalhos apaixonantes, tanto de redação, pesquisa, ilustrações, roteiros de gibis, vídeos documentais, ou entrevistas, etc. 

  Principalmente, a busca é por pessoas que gostam de desafios intelectuais e que, por isso, estão dispostas participar de editais artísticos, culturais, educacionais de Blumenau, de Santa Catarina, do Brasil, e até de   países estrangeiros com abertura a  produtores culturais brasileiros.


Abaixo:  Livros didáticos sob domínio Ateliê Cesar Otacílio.

  

  Legendas: 1) Livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes, 2005. 2) Livro-método Natureza desenhista, 2015. 3) Avaliação do Livro-método Natureza Desenhistas pela SED- Secretaria de Estado da Educação SC.   

  Abaixo: Parcerias com autores diversos durante a carreira.

            
 Obras em parceria de Lindolf Bell (1938-1998):                                                                       1) Com o poeta posando em frente ao "Painel-poema", 8 x 6 m., em 1991, trabalho unindo poesia e pintura  na parede da Galeria Açu-Açu, em Blumenau.                                                  2) Pintor e poeta inaugurando na praça o mural "Às Costureiras" (3 x 25 m.) e o poema         "Ode à Costureira", 1996.                                                                                                             3) Solitário pintando na praça a renovação do mural "Às Costureiras", 2019.  Em primeiro plano, vê-se a pequena pedra onde está a placa com o poema "Ode à  Costureira", de Bell.     4) Proposta para a praça onde está incorporado o mural "Ás Costureiras" e o poema "Ode à   Costureira", esquina das ruas Santa Catarina e Dois de Setembro, em Blumenau. No               projeto, entre diversas melhorias, a construção de um destacado totem em alvenaria para       o  poema de Bell.        

                                      A seguir:                                                                             ALGUNS PROJETOS  CRIADOS ESPECIALMENTE PARA A                                                    FORMAÇÃO DE PARCERIAS.                                                     (todos os projetos aqui apresentados são de propriedade intelectual Ateliê Cesar O. e estão           assegurados na Lei do Direito Autoral e Domínio Público - Lei 9.610/98).

  1) PROJETO: COLEÇÃO - ARTE BRASILEIRA PARA CRIANÇAS E                                                       ADOLESCENTES                                                                                                 Objetivo: Desenvolver e lançar uma coleção de livros físicos e                        virtuais, quatro volumes, aproximadamente 220 páginas cada,  abordando a história da arte brasileira desde 1500.                                                                                                    Uso de imagens:  Artistas do Domínio Público e por licença.                                                O que é o Domínio Público: É uma condição jurídica da Lei do Direito Autoral que permite o uso, por  qualquer pessoa, da imagem de um  artista morto há mais de 70 anos no Brasil e na maioria dos países do  mundo (em alguns países esse prazo muda).              Layout e diagramação: Linha divertida com historinha em quadrinhos, desenho animado no folhear das páginas de cada  volume.                                                                                   Obs: Este projeto vem sendo definido desde 2009; os artistas são divididos por períodos da arte brasileira e os nomes podem serem conhecidos no blog: Cesar Otacílio/2012.                 Parcerias que se está buscando para a realização deste  projeto:                                      A) 04 (quatro) Jornalistas / Redatores / Pesquisadores /  entrevistadores. 01 (um) para cada volume.                                                                                                                            B) 01 (um) apresentador(a) para gravar vídeos documentais e entrevistas sobre os artistas abordados na coleção.                                                                                                            C) 04 (quatro) desenhistas de personagens infanto-juvenis.                                                D) 01 (um/uma) historiador com alto conhecimento da história da arte brasileira para escrever os prólogos de cada volume.

2) PROJETO: LIVRETOS SOBRE MOVIMENTOS DA ARTE PARA                                                          CRIANÇAS E ADOLESCENTES.                                                                       Objetivo: Desenvolver e lançar pequenos livros físicos e virtuais sobre a  arte brasileira e mundial direcionados para crianças e adolescentes.                                                                Foco: Artistas encontrados no Domínio Público, do italiano Giotto ao  brasileiro Ismael Nery.                                                                                                                                       Parcerias que se está buscando para a realização deste  projeto:                                       A) 02 (dois) jornalistas / redatores / pesquisadores /entrevistadores.                                    B) 02 (dois) assistentes de pesquisa.                                                                                    C) 02 (dois) desenhistas de quadrinhos.

3) PROJETO: EDIÇÃO 20 ANOS DO LIVRO ARTE CATARINENSE PARA                                            CRIANÇAS E ADOLESCENTES                                                    Objetivo: Desenvolver e lançar uma edição luxuosa  e comemorativa do livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes, livro didático lançado no MASC, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, em 2005.                                                             Layout  e diagramação: Na mesma linha da primeira edição, mas com  melhorias, inclusão de mais 10 (dez) nomes,  destaques aos principais nomes, melhorias na historinha em  quadrinhos, no desenho animado no folhear das páginas, nas             brincadeiras e nas atividades.                                                                                       Previsão de lançamento: 2025 / 2026                                                                                    Parcerias que se está buscando para a realização deste  projeto:                                         A) 02 (dois) jornalistas / pesquisadores / entrevistadores.                                                   B) 01 (um) assistente de pesquisa.                                                                                         C) 01 (um) roteirista de quadrinhos.                                                                                     D) 01 (um) desenhista de quadrinhos.                         

 Abaixo: Imagens do lançamento da primeira edição do livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes, no MASC, Museu de Arte de Santa Catarina, Florianópolis, em 2005.

                                                                      

                                                         Legendas: 1) A capa criada pelo Ateliê Cesar O. 2) Noite de autógrafos no MASC.              3) Mostrando ao governador de SC o desenho  animado contido no livro. 4) Uma página da historinha em quadrinhos do livro Arte Catarinense Para Crianças e  Adolescentes.                                                               

4) PROJETO: CANAL YOUTUBE  SOBRE O LIVRO ARTE CATARINENSE PARA CRIANÇAS                               E ADOLESCENTES.        
  Objetivo: Abertura de um canal na plataforma Youtube específico  sobre os artistas e afins do livro Arte Catarinense Para Crianças e Adolescentes. 
Serviços: Lives, documentários, entrevistas, curiosidades, atualizações, brincadeiras e produtos. Mote: Mais conhecimento sobre a arte catarinense para professores e  estudantes.                             Parcerias que se está buscando para a realização deste projeto:                                                        A) 01 (um) apresentador(a) / pesquisador(a) / entrevistador(a).                                                        B) 01 (um) assistente de pesquisa.                                                                                                        C) 01 (um) câmera-men.                                                                                                                                              

5) PROJETO: HISTÓRIAS REGIONAIS DE SC EM QUADRINHOS                                                                          GIBI CLAREIRA NA MATA.                                                                                 Objetivo: Desenvolver as ilustrações e lançar o gibi didático Clareira na Mata com 12 historinhas em quadrinhos sobre a história da região central de Santa Catarina.                                                       Obs: Os roteiros das 12 historinhas em quadrinhos já se encontram  definidos; estão no  blog: Ateliê Cesar Otacílio / postagem 2012.                                                                                                       Parcerias que se está buscando para a realização deste projeto:                                                            A) 06 (seis) desenhistas de quadrinhos.                                                                                                     B) 01 (um) assistente de pesquisa.

6) PROJETO: LIVROS REGIONAIS PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM TÍTULOS                               ESPECÍFICOS: ARTE PAULISTA...ARTE PARANAENSE...ARTE  MINEIRA...                              ARTE RIO GRANDE DO SUL...etc...PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES.                Objetivo: Lançar livros sobre artistas nos mesmos moldes do livro  Arte  Catarinense Para  crianças e Adolescentes. Ou seja: com historinhas em quadrinhos, desenho  animado no folhear das páginas,  brincadeiras, atividades, etc.                                                                                                           Parcerias que se está buscando para o desenvolvimento deste projeto:                                                 A) 03 (três) jornalistas / pesquisadores / entrevistadores.                                                                       B) 01 assistente de pesquisa.                                                                                                                    C) 02 (dois) desenhistas de quadrinhos.                        

                     
7) PROJETO: LIVRO BLUMENAU ARTES PLÁSTICAS PARA CRIANÇAS E                                   ADOLESCENTES.                                                                                                Objetivo: Desenvolver e lançar um livro sobre a historia da arte em  Blumenau para crianças e adolescentes, e nos mesmos moldes do livro Arte  Catarinense Para Crianças e  Adolescentes: com historinha em quadrinhos, desenho animado nas páginas, brincadeiras, atividades, etc.                                                                                      Parcerias que se está buscando para a realização deste  projeto:                                         A) 01 (um) jornalista / pesquisador / entrevistador.                                                              B) 01 (um) Assistente de pesquisa.                                                                                    C)  01 (um) desenhista quadrinista.
                                                                                                                             

QUE O ATELIÊ CESAR OTACÍLIO OFERECE:                                                                                 A) Incorporação e valorização do nome  na produção cultural regional e nacional.                              B) Cachês de participação em editais com valores convidativos.                                                          C)  Contrato de participação.                                                                                                                    D) Clareza, honestidade e fidelidade nos acordos firmados.  

  Aos interessados: Enviar uma ou várias redações, uma ou várias cópias de desenhos, uma ou várias gravações de apresentações para: cesarotacilio@gmail.com / zap 47-98846 7062.                                                                  

           CRÔNICA: A COORDENAÇÃO DE PROJETOS PELO ATELIÊ CESAR OTACÍLIO.                                           COMO TUDO COMEÇOU - ANOS 1970-1980.                                                                                                     Por Tácio Morais Neto. 

   Nascido no Corruchel, município Pouso Redondo, SC, no final de abril de 1959, Cesar Otacílio tem mais de 40 anos de teimosia, melhor dizendo, de carreira nas artes visuais. Quando criança deixava entender que seria inventor, pelo menos era o que apostava quem o visse construindo carrinhos de madeira, ou inventando engenhocas com hélices papa-ventos e rodas d água. O primeiro projeto artístico, em que se pode chamar assim, foi na adolescência com cartazes decorativos reproduzindo a guache sob cartolinas personagens de gibis e, posteriormente, vendidos para professoras e mães zelosas para decorar quartos de crianças. Sua carreira de artista visual iniciou oficialmente em Curitiba, em 1976, como arte finalista e ilustrador na Propus Propaganda. Pouco tempo depois, já morando em Blumenau e trabalhando no sistema freelancer, iniciou o desenvolvimento de personagens infantis com objetivo de lançar uma revista em quadrinhos. Criou dezenas deles, por um bom tempo acreditou seriamente que conseguiria alcançar o sonhado objetivo da adolescência, algo que ainda não ocorreu.                                                                      

Abaixo: Alguns personagens criados nos anos 1978-1980 com objetivo de lançar uma revista em quadrinhos, o que, com a mudança dos objetivos para a pintura, ainda não ocorreu.       

             

              
Legendas: 1) o surfista "Ki-Surf. 2) Os carros "Mamãe e Filhinho Fusca". 3) O jacaré "Croco". 4) As meninas "As Gêmeas". 

   Estágio  de desenhista infanto-juvenil em quadrinhos na Editora Abril, São Paulo, 1980,  foi um divisor de objetivos na carreira.                   

    No início de 1980 partiu mostrar seus personagens em São Paulo, onde foram bem recebidos. Devido a isso, foi convidado fazer um estágio na Editora Abril, especialmente na produção de desenhos em quadrinhos, seu maior interesse naquele momento. Assim, durante várias semanas o estágio se resumiu em desenhar, de todas as maneiras, o personagem Zé Cariosa, do gibi Zé Carioca da Disney, lançado no Brasil pela própria Editora Abril. Aliás, os desenhos desse personagem eram, na época, não se sabe se ainda são,  desenvolvidos no Brasil.  Após o bom desempenho no estágio foi apresentado ao Estúdio Maurício de Souza, o que, para ele, foi uma grande honra e um aval importante, já que se tratava (ainda se trata) de um grande produtor de revistas em quadrinhos (e, não, não conheceu o famoso quadrinista, apenas o viu diversas vezes dando instruções aos desenhistas). Na ocasião foi atendido por um solícito japonês que parecia ser o diretor de arte do estúdio do Maurício. Depois, com análise positiva dos seus desenhos, foi encaminhado para uma agência de desenhos animados publicitários (não sabe se havia alguma relação com o Estúdio do Maurício), onde imediatamente começou a trabalhar na campanha da empresa Brinquedos Estrela. Função: desenhista dos filetes no desenho animado "Lançamento Super heróis - Brinquedos Estrela". Detalhe: para desenhar os filetes eram escolhidos somente quem tivesse o traço bem firme, cursivo, limpo, um trabalho que exige muita experiência. Mas, nada o assustou, o traço firme havia adquirido fazendo negativos manuais para as fábricas têxteis de Blumenau. De repente, parecia que finalmente havia acertado na profissão. Mas, pensativo, crítico, ao meditar seriamente sobre seus verdadeiros objetivos artísticos, ficou em dúvida das oportunidades que repentinamente lhe surgiram. Então, mesmo após ter sonhado por toda a adolescência em ser desenhista de quadrinhos e de desenhos animados, ao sentir isso para todos os dias e na obrigação que teria em cumprir contratos comerciais, percebeu que não era   bem o que queria. Teve medo de que, com isso, perderia a diversão do desenhar e o de rir sozinho ao criar um personagem próprio. Também porque nunca pensou em ser apenas um desenhista comercial a passar a vida copiando outros autores. Afinal, estava em São Paulo para vender a sua, ainda, inexistente revista em quadrinhos, os personagens que criara, não queria simplesmente ter um emprego para desenhar criações de outros autores. Pensou muito sobre o assunto, tinha apenas 19 anos, analisou a fundo o que queria para si e, desistiu de uma promissora carreira no desenho em quadrinho e animado. Decidido,evitou dar  explicação a quem quer que fosse, nem mesmo voltou ao estúdio para receber o que já havia trabalhado. Foi um momento de divisor de águas na sua carreira. Na arrogância típica da juventude, não se perguntou se estava certo, ou errado, sabia apenas que não queria desenhar nada que não fosse de sua autoria.  Então, ainda no final de 1980, voltou para Blumenau onde clientes do ramo têxtil o aguardavam. E, começou a pintar. Assim, nos meses seguintes, criou várias coleções de desenhos por encomendas para empresas fabricantes de camisetas e pintou diversos quadros.  Logo, em parceria do amigo Flávio Meirinho (1959-1986), talentoso pintor veterano do desenho têxtil, um erudito com quem, um pouco antes, em 1978, havia montado um estúdio de desenhos têxteis na esquina da rua Sete de Setembro com a Nereu Ramos em Blumenau, voltou a trabalhar com ele. Nessa época de muita produção do desenho comercial, conseguiu mergulhar a fundo no desenvolvimento de uma pintura em óleo sobre tela com traços genuínos e impactantes. De repente, animado pelas emoções da pintura e pela atenção do público pelo seu trabalho, começou a participar de exposições e concursos de arte, sendo primeira participação a coletiva itinerante  Pan- Arte, SC, em 1981. Com a atenção voltada para a pintura, acabou deixando de lado, por hora, o sonho em lançar uma revista em quadrinhos (isso nunca morreu dentre seus objetivos).                                                                                                                                                        Pintando, começou a fincar raízes no meio artístico, não só em SC, também no Brasil. Em 1983 foi premiado no concurso nacional "Prêmio Pirelli de Pintura Jovem" no MASP-SP, sendo até hoje o único artista nascido e representando SC a possuir esse importante prêmio. 

   Ousado, multifacetado, seu desafio em criar arte não está só no desenho e na pintura, está também na escrita. Na  juventude era bom em três modalidades: desenhar, jogar futebol e escrever. Das três, no futebol seu maior destaque foi ser artilheiro do primeiro campeonato de futebol de salão do município de Pouso Redondo, em 1975 e,  quando morava em Curitiba, ser convidado para um teste no clube Atlético Paranaense, em 1976. Mas, não quis a carreira de jogador de futebol para não se desviar dos objetivos artísticos.  Então, sendo um leitor inveterado, o escrever e o desenhar era, certamente, o que mais o desafiava, tanto na época, como agora. Assim, como forma de superar próprios desafios, a partir de 1986, começou a publicar seus artigos em jornais.  Nunca mais parou; desde então tem publicado dezenas deles.   Escrevendo, se encorajou lançar manifestos, entre eles, destaque para um dos primeiros,  em 1987, publicado no Jornal de Santa Catarina, o "Manifesto de Proteção e Aproveitamento da Ponte de Ferro", a ponte, então em ruínas, próximo da prefeitura de Blumenau que, em 1990, foi restaurada pela Fundação Roberto Marinho do Rio de Janeiro.                                                                                                                               Animado pelo desafio  do escrever, começou naturalmente a desenvolver projetos e a cada ano se dedicar em participar de editais culturais.  Os resultados não tardaram acontecer. Em 1988 foi um dos primeiros artistas do Brasil a ter um projeto aprovado na Lei Sarney (atual Lei Rouanet), a lei de apoio cultural sancionada pelo governo federal naquele mesmo ano. Com a aprovação de um projeto na Lei Sarney e com o apoio da Metalúrgica Metisa, de Timbó, realizou diversas exposições pelo Brasil. Por exemplo: a individual no Centro Cultural São Paulo, na Galeria Chap-Chap, participação no Salão de Artes de Avaré e de Santos, SP.  A partir dessa primeira aprovação de um projeto num edital cultural, serviu para consolidar a importância dos editais para a realização de obras e eventos. Por esse motivo, nunca mais parou de inscrever propostas em editais, tanto de Blumenau, de Santa Catarina, como do Brasil.  Pragmático, já teve aprovação de projetos para a produção de pinturas, realização de murais, eventos de exposições, lançamentos de livros e de produtos. Em 2006 bateu próprio recorde, quando teve 06 (seis) projetos aprovados na Lei de Apoio Cultural de SC, um feito raro que jamais voltou acontecer.                          Dinâmico, inquieto, trabalhador, durante carreira já teve muitos parceiros(as) em desenvolvimentos de projetos, alguns muito bons que valorizaram a proposta, a outros muito ruins que destruíram totalmente bons projetos.  Sendo assim, por ser honesto, trabalhador, cujo maior mal é ser explosivo quando engabelado, para os próximos projetos busca encontrar somente parceiros(as) capacitados, confiáveis, de boa índole, para  formar parcerias em seus projetos de vanguarda.